terça-feira, 19 de fevereiro de 2019


São 4:05 da manha, vento entra pela janela, acendo um cigarro ao meu lado uma garrafa de whisky pela metade. Sentado em frente a minha jaula, com teclas abro um novo arquivo, “a sacada é curta”, mais é apenas um andar.
Tornou-se tão difícil expressar-me palavras, sinto estar seco e sem vida.
4:05 da manhã, o vento entra pela janela, perece que fantasmas acompanham o vento, sinto um calafrio, a cama está vazia, seu cheiro se perdeu a muito tempo de meus lençóis, deitar se tornou-se penoso, mais deito para esquecer o que vivo acordado.
Deito o medo de sonhar torna-se real, quando vem em meu sono o seu rosto, e nele estais linda, perfeita e perfumada, mesmo sem os sentidos, sinto seu toque em meu corpo, sinto o cheiro de seus lábios e o gosto do seu corpo. A mente guarda coisas que deveríamos esquecer, mais como um acalento, vem você mesmo sem saber em meus sonhos. E quando dorme, a imagem de meu rosto te atormenta? Faz lembrar? Espero que não.
São 02:06 da manhã de um outro dia, a cama continua vazia, ela está a sua espera, mesmo sabendo que não voltas, o que me resta é estar aqui escrevendo sobre algo que devia estar morto, que esta dentro de mim mais ainda não sei porque, alimento um monstro dentro de mim, que não me levara a lugar algum, mais ainda sinto sua falta, não da sua falta em si, mais do que representava, sinto-me morto por dentro, sinto-me seco, sem vida, os dias apenas passam, esperando meu dia chegar.

fF.

19/02/2019