São 4:05 da manha, vento entra
pela janela, acendo um cigarro ao meu lado uma garrafa de whisky pela metade. Sentado
em frente a minha jaula, com teclas abro um novo arquivo, “a sacada é curta”,
mais é apenas um andar.
Tornou-se tão difícil expressar-me
palavras, sinto estar seco e sem vida.
4:05 da manhã, o vento entra pela
janela, perece que fantasmas acompanham o vento, sinto um calafrio, a cama está
vazia, seu cheiro se perdeu a muito tempo de meus lençóis, deitar se tornou-se penoso,
mais deito para esquecer o que vivo acordado.
Deito o medo de sonhar torna-se
real, quando vem em meu sono o seu rosto, e nele estais linda, perfeita e
perfumada, mesmo sem os sentidos, sinto seu toque em meu corpo, sinto o cheiro
de seus lábios e o gosto do seu corpo. A mente guarda coisas que deveríamos esquecer,
mais como um acalento, vem você mesmo sem saber em meus sonhos. E quando dorme,
a imagem de meu rosto te atormenta? Faz lembrar? Espero que não.
São 02:06 da manhã de um outro
dia, a cama continua vazia, ela está a sua espera, mesmo sabendo que não
voltas, o que me resta é estar aqui escrevendo sobre algo que devia estar
morto, que esta dentro de mim mais ainda não sei porque, alimento um monstro
dentro de mim, que não me levara a lugar algum, mais ainda sinto sua falta, não
da sua falta em si, mais do que representava, sinto-me morto por dentro,
sinto-me seco, sem vida, os dias apenas passam, esperando meu dia chegar.
fF.
19/02/2019
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