domingo, 14 de agosto de 2011

Não viver sem

O poeta não vive sem a dor

O louco sem sua loucura

o amor sem os amantes para se amar


Sou um amante sem o amor pra viver

Sou um louco que

Não sabe se é real

Sou um poeta com a dor

Sem um amor pra viver


Os olhos se fecharam

As luzes se apagaram

E os motivos que me

Trazem a caneta na mão se fazem presente


O poeta daria tudo

Para não escrever sua dor

Falar do amor que deu certo


Mas talvez seja por isso

Que ele seja um poeta

Porque a dor é uma constante em sua vida

O combustível dos seus dedos


As feridas deixadas pelos espinhos

Ainda sangram

As estrelas se apagaram


A esperança acabou

Restou apenas

Um final de noite


O ultimo cigarro do maço

Um copo vazio

E uma vida que insiste em esvair-se

E escorrer pelos dedos

fF.

08/08/2011

1 comentários:

Mich disse...

A vida como o vacuo do espaço, o nada.