terça-feira, 4 de agosto de 2009

A cada cigarro, sinto...

A cada cigarro que acendo
me vem aquele gosto
vem-me as lembranças
de quando saiamos
do colégio pra vim aqui em casa

consumar em plena insanidade
todos nossos hormônios

ao beijar sua boca
o mundo ao meu redor
não existir
e seus lábios macios tocando os meus
como ao deitar em um mar de rosas

suas mãos tão macia
parecendo nunca tido feito nada a não ser
tocar meu corpo
eu ouvindo sua respiração enquanto nos beijávamos
oooh o mundo não existia pra nós
quando estávamos juntos

era tão
real estar com você
porque você não me prometia o amanha
era cada dia único
sem promessas de ter dois filhos
comprar uma casa
todas essas baboseiras

tudo tão vivo
que fiquei perdido em abraços distantes
beijos sem paixão
e promessas de um amanha que
nunca iria se concretizar
porque não existia aquela insanidade
a qual uma criança nunca vai ter

o hoje não era importante porque se planejava o amanhã
com promessas baratas
juras que nunca poderiam se realizar
porque ela nunca se comprometeu com o hoje

mas com você consumei
uma insanidade que me enlouquece até hoje
mesmo se passando quase um ano
foi com você que vivi coisas tão reais
sem mentiras
a cada minuto tendo o sabor da eternidade

e a cada cigarro que eu ainda vá acender
me lembrarei do gosto de seu corpo
do seu cheiro em meus lençóis
menos depois ter sujado-os com mentiras
com um alguém vazio, funesto
em meus lençóis
é seu corpo que o abita

FF

02:12 27/07/2009

3 comentários:

Thais Lopes disse...

My God, que lindo *-*

Preta disse...

sabe o que sinto lendo sua poesia? tudo passa rápido e momentos de felicidade são raros... então aproveite-os bem, porque a qualquer momento pode acabar...
talvez seja amor, talvez seja paixão... uma ferida aberta. Não sei. Só sei das coisas que sinto: dor, saudades, nostalgia... quem já não passou por isso?
lindo é a expressão de tantos sentimentos através das palavras. ;)

Schermak, Anna disse...

Choqei (:
As vezes me passam tantas coisas lendo o que escreves *-*

Muito bom eric!